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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ah! Como eu gostaria...
que não tivesse existido

Último dia do ano
Ah! Como eu gostaria...

Nossos vizinhos com a casa cheia de amigos e familiares. E, eu me sinto sem vontade alguma de levantar-me e ir ter com eles.

Ah! Como eu gostaria...
que este dia fosse diferente

Nas mãos estou com os 2 livros My Social Book impressos... ambos relatam um história pelo Caminho. Uma história em que escancaro a minha Alma aos meus amigos. Deixo que vejam as loucuras de alguém marcado pela Morte neste Caminho de volta pra Casa do Pai.

Reli as primeiras 15 páginas. Lágrimas brotam nos olhos e escorrem pelo rosto... conectadas à Dor e ao Vazio que trago no peito.

Segunda Impressão em 12/12/2015

Primeira Impressão em 26/12/2014

Neste ano...
pouco escrevi depois de 04/JULHO
(25 meses)

Depois dessa data, corri e afundei-me no trabalho, distraindo-me de tal sorte... que pareci ser um cara de sorte. Mas, nas idas e vindas dessa atividade frenética que foi este 2º.Semestre... sempre me vi com um Vazio na Alma que tantas vezes parecia ser maior que a própria Alma.

Ah! Como eu gostaria...
que este dia fosse diferente

Tento me agarrar às minhas memórias... mas, elas parecem dormir. Tento buscar meus textos e eles teimam em esconder-se atrás de uma comunicação interrompida com a nuvem dos aplicativos e dos blogs.

Fico observando a capa do livro que recebemos esta semana... um livro que relata o Vazio além de expressar as Vozes pelo Caminho, sejam através de flores, de sons, de amigos... ou simplesmente percebendo nas entrelinhas o cuidado do Eterno.

Cuidado do Eterno!

Ah! Como eu gostaria...
que todos nós revisitássemos nossos conceitos

Me sinto acovardado e completamente impotente diante de um turbilhão de pensamentos, ideias e conceitos quebrados, desconstruídos... apenas escombros cinzentos.

Me sinto diante do Eterno que deixa Sua Respiração presenciar o meu próprio desencanto, meu desalento, minha solidão. Solidão? Sim, solidão... me sinto empurrado para um canto, longe de tudo e de todos.

Desci do trem.

E ele passa em alta velocidade, sinto seu rastro de vento levando junto consigo minhas distrações e me faz perceber que estou só. Mas... eu preciso olhar mesmo pra dentro de mim. Quero me lembrar... lembrar de um tempo onde jamais imaginei que ficaria só.

Ah! Como seria hoje...
se não tivesse existido 04/06/2013?

Eu com certeza olharia para essa pergunta e abriria o maior sorriso... abriria meus braços com toda a elasticidade e com todas as minhas forças correria ao seu encontro e a abraçaria como nunca a abracei. A esmagaria de amor entre meus braços contra o meu peito e a cobriria de beijos.

Se eu pudesse olhar mais uma vez para você... depois daquele último olhar, quando nossos olhares mais uma vez se encontraram depois de nos despedirmos... você fora do jeep, em pé na calçada, um olhar meigo.

Ah! meu Deus...
porque eu não percebi
que seria o último olhar da minha filha 

Como eu gostaria de ter percebido isso naquela hora... e, não ter me afastado dela.


Ah! Como eu gostaria...

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