Páginas

terça-feira, 31 de março de 2015

Vem me Socorrer...
quando o Vazio pesa mais


Há dias que o Vazio de Uma Parte pesa mais que o Cheio de Todas as Outras Partes

Nesses dias meus ouvidos ficam mais atentos às vozes pelo Caminho. Recolho meus pensamentos, deixo meus sentimentos à solta e fixo meus olhos no [in]esperado... e Ele vem!

Os olhares, os passos rápidos, as aglomerações durante o almoço, as mensagens na caixa postal, os telefonemas, o ir de muitos e o vir de tantos outros... ah! o rádio, sim o rádio (em suas frequências modulares) com suas melodias que penetram fundo na alma da gente.


É bom demais saber que o Eterno não vem e vai, Ele permanece... [a mensagem Isaías 27-31] 

Ele simplesmente permanece. E, com isso paira na brisa o Vento Eterno que vai nos garantindo essa verdade nua e crua.

Verdade que adentra o Vazio, passeia no Vazio, toca o Vazio, torna-se o Vazio e encarna-se... e, vai mastreando as ações do Acaso que surge na ordem certa, na melhor ordem, na ordem que nossa alma precisa.

Hoje foi assim...

Na resposta a uma mensagem no WhatsApp de um amigo atento às nuances que a dor nos traz, um despejar sem fim das certezas que mais se assemelham a incertezas... é mesmo o [in] nas certezas.


"meus compartilhamentos visam apenas extravasar emoções e sentimentos diante da dor que veio pra ficar até que eu também cruze o rio e me encontre com o Pai... é um período em que a morte entrou na minha vida e fez morada... e, não há solução, esse é o tamanho do vazio que tem cara, tem cheiro e tem nome... aprendi que a fé tem espaço para as incertezas, as dúvidas e o acolhimento do mistério."

Na música Vazio de Gilberto Alves Leal que não me saía da cabeça e da alma, dando voltas com suas palavras acolhidas, escolhidas através de um caminho de dor e ordenhadas de maneira singela, suave como uma bailarina nos seus passos mágicos tocando de leve com a ponta dos pés o chão do meu Vazio.


bailarina para sempre
rabiscos da Gabí que ficaram para sempre

Deixar o vento tocar
Ver o veleiro no mar
Templo nublado
O vazio que existe
Alegria num dia comum

Ver o vazio olhar
Deixar-se esvaziar
Desaguar límpido
No mar mais lívido

Viver ainda é amar
uma rede vazia
voar no vazio
um ninho vazio
uma cruz vazia!

uma flor que voa!
o jardim da vida

é pesar e deleite.

E, por fim...

Na música Vem me Socorrer de Marcos de Oliveira Almeida do Grupo Palavra Antiga.


Não tenho um tom
Não tenho palavras
Não tenho acorde que
Me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho você

Havia um silêncio
Que mostrou os meus vícios
Me agarro contigo
Vem me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho você amor
Agora

E essa não é mais uma canção de amor
Não, não, não

Eu canto pra ti
Sei onde estou
Olhando pra mim posso saber
Que nada sou

Eu grito pra ti oh Deus
Vem me socorrer
Olhando pra mim posso saber

Que nada posso fazer.

E acolhendo tudo isso, volto ao início deste texto e para [dentro] das minhas [in]certezas e dou meu próximo passo na certeza de que há um Vazio que não será preenchido até que eu cruze o rio. 



domingo, 29 de março de 2015

Braços cheios do Eterno...
na expressão singela do Gabriel

Gabriel na CPV na noite de 29/03/2015
Gabriel, é bom demais tê-lo nos braços, você já os enche completamente... e, ainda nem tem dois meses.

Gabriel, é bom saber que o Eterno envia mais de Si a nós através de anjinhos como você, ajudando-nos a suportar a dor, a saudade e a vontade de apressar nossos encontros.

Gabriel, pronunciar seu nome é uma emoção forte que sempre ecoa no meu coração vazio... sinto e ouço o eco reverberando, sinto!

Gabriel, amo você... my little sailor!


Printfriendly